Esta semana passa-mos as ideias que tinha-mos retiradas da discrição da senhora e juntamos para que se pode-se tornar um texto, um ponto com lógica.
Explica-mos a idosa que tivemos que fazer algumas alterações e que se não se importava de fazer uma pequena leitura para nós.
Explica-mos a idosa que tivemos que fazer algumas alterações e que se não se importava de fazer uma pequena leitura para nós.
A senhora muito simpática e participativa leu-nos a história com garra e vontade. Dissemos-lhe que um dia que iríamos lá para ela como nos contou e leu a nós, vai fazê-lo ainda para um ponto mais importante, que é a gravação. Irá perceber que realmente as pessoas de idade telhem valor e que sabem as coisas, que acho que vai ser extraordinário, orgulhoso não só para nos Animadoras mas sim para a idosa também.
Guião
A Ceia Tradicional do Natal Poveiro
A Ceia Tradicional do Natal Poveiro
Antigamente, na ceia de Natal colocava-se palha no chão e por cima uma toalha ou cobertor. Colocando apenas uma bacia de louça no centro da toalha, onde toda a família comia do mesmo.
A ceia era composta de bacalhau com batatas e couves. Acompanhado de peixe seco, raia ferreta ou cação. Hoje em dia muitas famílias continuam a seguir está tradição.
Nas famílias mais ricas a sobremesa típica era rabanada, feita com ovos, aletria, frutos secos, bolo-rei e castanhas.
Nas famílias mais pobres as rabanadas eram feitas de água e açúcar.
Havia as pinhas de pinheiros mansos, que eram colocadas ao calor no fogão ou da lareira para abrir e tirar os pinhões. Estes mesmo eram para comer e serviam para jogar ao rapa.
Era costume jogar ao rapa, no final da ceia. O rapa era uma espécie de pião pequeno não redondo mas quadrado. Cada lado do quadrado tinha as seguintes letras:
A ceia era composta de bacalhau com batatas e couves. Acompanhado de peixe seco, raia ferreta ou cação. Hoje em dia muitas famílias continuam a seguir está tradição.
Nas famílias mais ricas a sobremesa típica era rabanada, feita com ovos, aletria, frutos secos, bolo-rei e castanhas.
Nas famílias mais pobres as rabanadas eram feitas de água e açúcar.
Havia as pinhas de pinheiros mansos, que eram colocadas ao calor no fogão ou da lareira para abrir e tirar os pinhões. Estes mesmo eram para comer e serviam para jogar ao rapa.
Era costume jogar ao rapa, no final da ceia. O rapa era uma espécie de pião pequeno não redondo mas quadrado. Cada lado do quadrado tinha as seguintes letras:
P ---» (põem um pinhão);
T ---» (tira um pinhão);
D ---» (deixa um pinhão);
R ---» (rapa – ganha o jogo).
Este jogo não tem limite de pessoas.
Antes de se deitarem, cada um colocava por baixo da chaminé o seu sapatinho. Só no outro dia de manha é que se abriam as prendas.
Assim, os sapatinhos podiam conter castanhas ou figos.
Os rapazes dos sete aos catorze anos, levavam para acompanhar a música do “Menino Jesus” ferrinhos e castanholas. As castanholas eram dois paus estreitos rectangulares queimados nas pontas para dar um som especial.
Esta mesma era cantada nas três ceias, ou seja, Natal, Ano Novo e Reis. E hoje em dia são raras as famílias que festejam o dia dos Reis com a ceia.
Chegados às portas batem, fazendo a pergunta: Vai ou não vai? Se respondessem “vai”, os rapazes cantavam a música do “Menino Jesus”.
No caso de não abrirem a porta para os rapazes cantarem, eles diziam: “ Esta casa cheia a unto, aqui morreu um defunto”.
Pastores, pastores vinde
Todos a Belém
Adorar o Deus Menino
Que Nossa Senhora tem
O meu Menino Jesus
Tomai castanhinhas quentes
Abri a vossa boquinha
Para ver se tendes dentes
O senhor patrão da casa
Dê volta à salgadeira
Mande para sua criada
Um bocado de orelheira.
Assim, os sapatinhos podiam conter castanhas ou figos.
Os rapazes dos sete aos catorze anos, levavam para acompanhar a música do “Menino Jesus” ferrinhos e castanholas. As castanholas eram dois paus estreitos rectangulares queimados nas pontas para dar um som especial.
Esta mesma era cantada nas três ceias, ou seja, Natal, Ano Novo e Reis. E hoje em dia são raras as famílias que festejam o dia dos Reis com a ceia.
Chegados às portas batem, fazendo a pergunta: Vai ou não vai? Se respondessem “vai”, os rapazes cantavam a música do “Menino Jesus”.
No caso de não abrirem a porta para os rapazes cantarem, eles diziam: “ Esta casa cheia a unto, aqui morreu um defunto”.
Pastores, pastores vinde
Todos a Belém
Adorar o Deus Menino
Que Nossa Senhora tem
O meu Menino Jesus
Tomai castanhinhas quentes
Abri a vossa boquinha
Para ver se tendes dentes
O senhor patrão da casa
Dê volta à salgadeira
Mande para sua criada
Um bocado de orelheira.
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